Configurações Subjetivas da Psicoterapia em sua Divulgação no Instagram: Reflexões sobre a Atuação do Psicoterapeuta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36367/ntqr.15.2022.e759

Palavras-chave:

Subjetividade, Pesquisa Qualitativa, Psicoterapia, Psicoterapeutas, Psicologia Clínica

Resumo

No campo da psicoterapia, há uma lacuna de produção científica acerca das conformações e dos impactos do uso das redes sociais para a divulgação desta prática e para a divulgação do psicoterapeuta. Com nosso estudo, visamos contribuir neste sentido, direcionando nossa pesquisa especificamente à divulgação no Instagram. Tomamos a Teoria da Subjetividade como nosso fundamento teórico por ela permitir visibilizar e representar, em sua compreensão complexa dos processos humanos, os modos recursivos pelos quais tomam forma a realidade e a ação humanas individuais e sociais em uma história e em uma cultura concretas. Tivemos como objetivos: 1) investigar e discutir configurações subjetivas da psicoterapia em sua divulgação no Instagram, e 2) a partir disto, refletir sobre a atuação do psicoterapeuta. Este artigo se encontra organizado em: 1) introdução, 2) metodologia, 3) construção e análise da informação, e 4) considerações finais. Na introdução, apresentamos a Teoria da Subjetividade, debatemos o campo da psicoterapia e definimos nossas questões de investigação. Na metodologia, pormenorizamos o método que norteou nosso estudo – o método construtivo-interpretativo –, bem como apresentamos os participantes, o local e os instrumentos de nossa pesquisa. Na construção e na análise da informação, seção que corresponde aos resultados e à discussão, visibilizamos nosso movimento de tessitura hipotético-teórica em recursividade com o vivido no empírico, assim como apresentamos nossa produção teórica acerca dos processos subjetivos de um dos participantes de nosso estudo. Nas considerações finais, respondemos às questões de investigação que lançamos na introdução. As reflexões a que nossa pesquisa nos permitiu chegar acerca da atuação do psicoterapeuta se encontram presentes ao longo de todo o trabalho.

Referências

Coelho, C. M. M., & Patiño Torres, J. F. (2022). Diálogo, sujeito e configuração subjetiva: a continuidade do debate. In Mitjáns Martínez, A., Tacca, M. C. V. R., & Valdés Puentes, R. (Orgs.), Teoria da Subjetividade como perspectiva crítica: desenvolvimento, implicações e desafios atuais (pp. 301-308). 1ª Ed. Campinas, SP: Alínea.

Foucault, M. (1991). Governmentality. In Burchell, G., Gordon, C. & M., Peter (Orgs.), The Foucault effect: studies in governmentality with two lectures by and an interview with Michel Foucault (pp. 87-104). 1ª Ed. Chicago, IL: The University of Chicago Press.

Foucault, M. (1998). Sobre a história da sexualidade. In Machado, R. (Org.), Microfísica do poder (pp. 243-276). 13ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Graal.

Foucault, M. (2011). O nascimento da clínica. 7ª Ed. São Paulo, SP: Forense Universitária.

González Rey, F. (2005). Pesquisa qualitativa e subjetividade: os processos de construção da informação. 1ª Ed. São Paulo, SP: Cengage Learning.

González Rey, F. (2007). Psicoterapia, subjetividade e pós-modernidade: uma aproximação histórico-cultural. 1ª Ed. São Paulo, SP: Cengage Learning.

González Rey, F. (2011). Pesquisa qualitativa em Psicologia: caminhos e desafios. 1ª Ed. São Paulo, SP: Cengage Learning.

González Rey, F. (2014). Ideias e modelos teóricos na pesquisa construtivo-interpretativa. In Mitjáns Martínez, A., Neubern, M. S., & Mori, V. D. (Orgs.), Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas (pp. 13-32.). 1ª Ed. Campinas, SP: Alínea.

González Rey, F. (2017). Advances in subjectivity from a cultural-historical perspective: unfolding and consequences for cultural studies today. In Fleer, M., González Rey, F. & Veresov, N. (Orgs.), Perezhivanie, emotions and subjectivity: advancing Vygostsky’s legacy (pp. 173-193). 1ª Ed. Singapore: Springer.

González Rey, F. (2018). Subjectivity and discourse: complementary topics for a critical psychology. Culture & Psychology, 25(2), 178-194. https://doi.org/10.1177/1354067X18754338

González Rey, F. (2019a). Subjectivity in debate: some reconstructed philosophical premises to advance its discussion in Psychology. Journal for the Theory of Social Behaviour, (49)2, 212-234. https://doi.org/10.1111/jtsb.12200

González Rey, F. (2019b). Methodological and epistemological demands in advancing the study of subjectivity. Culture & Psychology, (26)3, 562-577. https://doi.org/10.1177/1354067X19888185

González Rey, F. & Mitjáns Martínez, A. (2017). Subjetividade: teoria, epistemologia e método. 1ª Ed. Campinas, SP: Alínea.

Goulart, D. M., Mitjáns Martínez, A., & Esteban Guitart, M. (2020). The trajectory and work of Fernando González Rey: paths to his Theory of Subjectivity. Studies in Psychology, 41(1), 9-30. https://doi.org/10.1080/02109395.2019.1710800

Lipovetsky, G. (2019). A sociedade da sedução: democracia e narcisismonahipermodernidade liberal. 1ª Ed. Barueri, SP: Manole.

Montú, C. C. M, Mori, V. D, & Bucher-Maluschke, J. S. N. F. (2021). Psicoterapia dialógica como cenário social favorecedor de desenvolvimento subjetivo infantil. Mudanças, 29(1), 49-64. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/muda/v29n1/v29n1a06.pdf

Mori, V. D. (2019). A psicoterapia na perspectiva da Teoria da Subjetividade: a pesquisa e a prática como processos que se constituem mutuamente. In Mitjáns Martínez, A., González Rey, F., & Valdés Puentes, R. (Orgs.) Epistemologia Qualitativa e Teoria da Subjetividade: discussões sobre educação e saúde (pp. 183-201). 1ª Ed. Recuperado de http://www.edufu.ufu.br/sites/edufu.ufu.br/files/ebook_epistemologia_qualitativa_2019.pdf

Mori, V. D. (2020). Reflection on the value of the Theory of Subjectivity to signify the practice of psychotherapy. Studies in Psychology, 41(1), pp. 182-202. https://doi.org/10.1080/02109395.2019.1710987

Mori, V. D. (2021). Reflections on the challenges of psychotherapy and the processes of social subjectivity. In Goulart, D., Miijáns Martínez, A. & Adams, M. (Orgs.), Theory of Subjectivity from a cultural-historical standpoint: González’s Rey legacy (pp. 245-256). 1ª Ed. Singapore: Springer.

Morin, E. (2011). Rumo ao abismo? Ensaio sobre o destino da humanidade. 1ª Ed. São Paulo, SP: Bertrand Brasil.

Morin, E. (2019). Ciência com consciência. 20ª Ed. São Paulo, SP: Bertrand Brasil.

Neubern, M. S. (2012). Ensaio sobre a cegueira de Édipo: sobre psicoterapia, política e conhecimento In Holanda, A. F. (Org.), O campo das psicoterapias: reflexões atuais (pp. 13-46). 1ª Ed. Curitiba, PR: Juruá.

Rose, N. (1998). Inventing our selves: psychology, power and personhood. 1ª Ed. Cambridge: Cambridge University Press.

Segata, J., & Rifiotis, T. (2021). Digitalização e dataficação da vida. Civitas: Revista de Ciências Sociais, 21(2), pp. 186-192. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2021.2.40987

Zuboff, S. (2019). The age of surveillance capitalism: the fight for a human future at the new frontier of power. 1ª Ed. London: Profile Books.

Downloads

Publicado

2022-12-30

Como Citar

Amanda Maria de Albuquerque Vaz, & Valéria Deusdará Mori. (2022). Configurações Subjetivas da Psicoterapia em sua Divulgação no Instagram: Reflexões sobre a Atuação do Psicoterapeuta. New Trends in Qualitative Research, 15, e759. https://doi.org/10.36367/ntqr.15.2022.e759