Uma revisão sistemática crítica sobre autoetnografia e marxismo: Indícios para identificar este (des)encontro
DOI:
https://doi.org/10.36367/ntqr.13.2022.e663Palavras-chave:
Antropologia, Etnografia, Ciências Sociais, Pesquisa Qualitativa, RevisãoResumo
Introdução: No Brasil, a autoetnografia vem sendo explorada enquanto método há pouco tempo, especialmente por haver uma grande resistência na sua utilização. Tampouco a autoetnografia vem sendo validada pelos periódicos científicos da área da saúde. Para complexificar este cenário, quando pensamos em uma perspectiva crítica, para além da descrição e análise do empírico em tela, a autoentografia tem padecido de elementos que reforcem o caráter crítico de sua reflexividade. Objetivos: Diante desta lacuna, é que o objetivo deste estudo é revisar a produção científica internacional sobre a autoetnografia enquanto método de pesquisa e seu potencial diálogo com a perspectiva marxista. Métodos: Este estudo será uma revisão sistemática crítica da literatura cuja pergunta de pesquisa será: “o que a literatura internacional apresenta sobre autoetnografia em diálogo com a perspectiva marxista?”. Foi realizada uma busca exploratória nos principais periódicos internacionais que discutem questões metodológicas e se demonstram abertos à teoria marxista e marxiana. 21 periódicos internacionais diferentes, sendo majoritariamente periódicos europeus e norte americanos foram identificados. Ao realizar a busca “autoethnography” AND “marx” nos periódicos escolhidos, foram encontrados 134 artigos disponíveis. Após o processo de seleção, permaneceram 12 artigos, considerados incluídos na presente revisão, para leitura na íntegra. Conclusões: A remanescência de 12 estudos que aproximam o método da autoetnografia com a perspectiva da teoria social de Marx parece ser um achado importante de justifica a insistência neste caminho. Ou seja, por mais escasso que seja, existem estudos que realizam este encontro.
Referências
Atay, A., & Chawla, D. (2018). Introduction: Decolonizing autoethnography. Cultural Studies ? Critical Methodologies, 18(1), 3-8. https://doi.org/10.1177/1532708617728955
Bochner, A. P. (2017). Heart of the Matter: A Mini-Manifesto for Autoethnography. International Review of Qualitative Reaseach, 10(1), 67-80. https://doi.org/10.1525/irqr.2017.10.1.67
Bochner, A. P., Adams, T. E., & Ellis, C. (2011). Autoethnography: An Overview. Forum Qualitative Sozialforschung / Forum: Qualitative Social Research, 12(1), Art. 10. http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0114-fqs1101108.
Bochner, A. P. & Ellis, C. (2000). Autoethnography, Personal Narrative, Reflixivity. Methods Of Collecting and Analyzing Empirical Materials. Handbook of Qualitative Research.
Caprara, A. & Landim, L. P. (2008). Ethnography: its uses, potentials and limits within health. Interface (Botucatu), 4, 1-20.
Langdon, E. J. (2014). Os diálogos da antropologia com a saúde: contribuições para as políticas públicas. Ciência & Saúde Coletiva, 19(4), 1019-1029. https://doi.org/10.1590/1413-81232014194.22302013
Nakamura, E. (2011). O método etnográfico em pesquisas na área da saúde: uma reflexão antropológica. Saúde e Sociedade, 20(1), 95-103. https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000100012
Netto, J. P. (2011). Introdução ao estudo do método de Marx. 1ed. São Paulo: Expressão Popular.
Santos, S. M. A. (2017). O método da autoetnografia na pesquisa sociológica: atores, perspectivas e desafios. PLURAL: Revista do Programa de Pós Graduação em Sociologia da USP, 24(1), 214-241. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2017.113972
Utt, J.; Short, K. G. (2018). Critical Content Analysis: A flexible method for thinking with theory. Understanding & Dismantling Privilege, 8(2), 1-7.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
openAccess